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O tarô

A maioria de nós sabe que o Tarô é o nome de um baralho usado para predição...

Por Texto de: Profª. Tânia Mara Fernandes - Taróloga e Terapeuta Holística em 23/03/2023 às 13:19:23

Imagem de ilustração

A maioria de nós sabe que o Tarô é o nome de um baralho usado para predição. Até aí, ninguém está errado. O Tarô é composto de 78 cartas cujas figuras representativas e geralmente artísticas têm um significado simbólico e universal.

Estas cartas são denominadas de Arcanos ou Mistérios. As 22 cartas iniciais, chamadas Arcanos Maiores mostram uma figura humana em particular e representam o homem em dados estágios da vida, imagens do inconsciente, arquétipos, ou aspectos mitológicos. As demais 56 cartas, os Arcanos Menores, são divididos em naipes, cada um contendo figuras reais e cartas de 1 (Ás) a 10. Os naipes são Paus, Copas, Espadas e Pentagramas ou Ouros. Elas representam situações e condições momentâneas da vida de uma pessoa. Na verdade, estas cartas expressam forças que estão operando em um nível mais amplo e que interferem em nossas vidas.

Cada carta possui um conteúdo adivinhatório que tradicionalmente lhe é associada. Do ponto de vista da composição figurativa de cada carta em cada baralho, nos seus detalhes poderemos reconhecer princípios ocultistas e conceitos relacionados com o sistema simbólico e de crenças do mentor e do artista de cada um. Assim, cada uma das cartas incorpora, de um lado, um aspecto comum em todos os baralhos de Tarô e que atravessa os tempos e, de outro, apresenta elementos específicos postulados pelo seu autor. Esta é uma das razões porque cada tarólogo acaba tendo a preferência por um determinado baralho e não por outro. A Astrologia, a Cabala, a Alquimia e a Psicanálise de Jung também estão intimamente associadas ao Tarô. Mas isto é uma outra história...

E falando em história, a do Tarô é bem antiga e controversa. Para alguns já existia no antigo Egito; outros afirmam que foram os ciganos que o trouxeram para a Europa. Para alguns, ele é uma representação simbólica da Árvore da Vida relacionada à Cabala dos judeus. Daí cada um dos Arcanos Maiores estar associado a uma das letras do alfabeto hebraico. O certo é que na Idade Média já podiam ser encontrados baralhos completos de Tarô tal como hoje é conhecido. Entre os mais famosos estão os do artista francês Jacquemin Gringonneur ou o Tarô de Visconti-Sforza ambos anteriores a 1500. O início deste século é marcado pela criação de alguns baralhos que se tornaram clássicos: o Rider-Waite Tarô Desk, pintado por Pamela Colman Smith sob a direção de Arthur Edward Waite, o Tarô de Thot de Aleister Crowley, pintado pela artista Lady Freda Harris e ainda o Tarô dos Boêmios de Papus (Gerard Encause), todos eles renomados estudiosos ocultistas.

Hoje em dia é grande o número de Tarôs existentes, como por exemplo, o Tarô do Caminho Ancestral, o Tarô Egípcio, o Mitológico, o Tarô Zen do Osho ou o curioso Tarô de Salvador Dali. Todos interessantes.

Seja como for, o que é muito importante se dizer sobre o Tarô é que ele é, sem dúvida, um meio de autoanálise e reflexão. Suas cartas compõem um esquema de representação do Mundo, do Homem neste mundo e de sua caminhada nele. Assim, jogar o Tarô para si mesmo ou para o outro é ver e mostrar através das cartas a história do indivíduo, seu processo de desenvolvimento, suas condições pessoais presentes, bem como as forças que estão em jogo. Jogar o Tarô é decodificar um processo de autoconhecimento, trazendo à tona questões do consciente e do inconsciente pessoal e coletivo. Um jogo, sob este enfoque só pode ajudar a pessoa a entender-se melhor e sinalizar-lhe possíveis caminhos. Além disso, de forma mais profunda ainda, o Tarô representa nosso processo de iniciação à vida, num sentido; e de iniciação à espiritualidade, em outro.



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