Embora seja ainda pouco aplicada, a medicina preventiva é sem dúvida alguma o futuro. Hábitos saudáveis, exercícios físicos e alimentação à base de frutas, legumes e pouca carne estão cada vez mais cedo sendo incorporados na vida das pessoas. Entretanto, o hábito de ir ao médico para se prevenir de doenças é ainda pouco comum em nossos meios. Segundo o Dr. Nilson Becker, hebiatra do Hospital e Maternidade São Camilo, a prevenção de doenças, que podem se manifestar na fase adulta começa na infância e continua na adolescência. Um bom exemplo é a alimentação. "A criança recebe o alimento da mãe, que pode controlar seus hábitos. Já o adolescente sai para comer e é influenciado pela cultura e hábitos da sociedade", afirma o Dr. Becker. Ao consultar um hebiatra, o adolescente é motivado a tornar seus hábitos alimentares mais saudáveis a praticar exercícios físicos, prevenindo desta forma futuras doenças como a obesidade, hipertensão e sedentarismo.
Outra forma de evitar doenças é lembrar o adolescente sobre o cronograma de vacinação que, muitas vezes, fica esquecido na infância. Vacinas como a da Hepatite A e B, catapora ou varicela e meningite meningocócica devem ser tomadas pelos adolescentes, caso não tenham tomado antes.
MAIS FREQUENTES - As doenças sexualmente transmissíveis, problemas com a dependência química e gravidez indesejada são as mais comuns na fase da adolescência. Vale lembrar que a abordagem no tratamento de algumas doenças nos adolescentes é diferente da feita para a criança e o adulto, diz o médico. As queixas, entretanto, estão mais relacionadas a deficiência no crescimento, obesidade, problemas genitais e de ordem emocional. ?Diferentemente da ideia de que a maioria tem, o adolescente não está saindo da fase infantil e tornando-se adulto. Ele é um ser humano que vive se modificando a cada dia, que está em busca de uma identidade?, afirma. Um grande obstáculo na prevenção de doenças entre os adolescentes é a resistência. Quando vão ao médico ou porque os pais levam ou porque o problema é sério, diz o médico. É aí que o hebiatra entra em ação, pois ele está preparado para criar empatia necessária com o adolescente para que ele volte à consulta médica.